5 erros que resultaram em grandes invenções
Já diz o ditado que errar é humano. Contudo, em sala de aula, nem sempre os alunos encontram essa compreensão popular quando não acertam. Mas onde está o problema? Pesquisas de neurociência apontam que temos mais sinapses no nosso cérebro quando erramos. E, ao longo da história, existem até erros que resultaram em grandes invenções.
É isso mesmo. Nem a carreira dos mais renomados cientistas e inventores é composta apenas de acertos. Teve até ganhador de Prêmio Nobel que chegou à sua descoberta… errando! Que tal conhecer algumas dessas histórias e rever o peso do erro em sala de aula? Alunos engajados e sem medo podem aprender muito mais!
Conheça erros que resultaram em grandes invenções

Penicilina
Aqui no blog do Mentalidades Matemáticas já contamos a história de um dos mais famosos erros que resultaram em grandes invenções. A penicilina, que inaugurou a era dos antibióticos na medicina, surgiu a partir de um descuido do médico Alexander Fleming.

Ele esqueceu amostras de bactérias em seu laboratório, e quando notou elas estavam sendo inibidas por um fungo. Fleming e os cientistas Howard Florey e Ernst Chain, que transformaram a penicilina em medicação, receberam o Prêmio Nobel de Medicina em 1945.
Marca-passo
Essa grande descoberta que já salvou milhares de vidas tem diversos personagens em sua história. Um deles é o engenheiro Wilson Greatbatch. Em 1956, ao tentar criar um gravador de ritmo cardíaco, o inventor adicionou um componente eletrônico incorreto. Com isso, no lugar de registrar o som do batimento do coração, o dispositivo produzia pulsos eletrônicos.

A ideia do gravador falhou, mas Greatbatch percebeu que a pulsação da sua engenhoca soava como um coração saudável. Foi aí que ele percebeu que sua descoberta poderia ajudar um coração doente a manter o ritmo e funcionar melhor.
Post-it®
Quem já se divertiu com a atividade Pixels na janela do Youcubed, talvez não saiba que a matéria-prima desse desafio surgiu a partir de uma tentativa que não deu certo. O primeiro Post-it® só chegaria ao mercado em 1980, mas quatro anos antes o químico Spencer Silver, da 3M, chegou ao adesivo de baixa adesão enquanto pesquisava justamente o contrário, um adesivo forte. Contudo, como não era o foco no momento, a descoberta foi deixada de lado.

Quem retomou o experimento foi outro cientista da 3M, Art Fry. Cantor do coral da igreja, contam que ele procurava um jeito de organizar seus papéis com as letras das músicas, e pensou que um marcador autoadesivo e removível poderia resolver. Lembrando-se da cola de baixa adesão do colega, os dois trouxeram ao mundo um dos itens de papelaria mais indispensáveis atualmente.
Mola-maluca
Conhecido nos Estados Unidos como slinky, esse brinquedo que virou sensação no Brasil nos anos 1990 surgiu algumas décadas antes, quando o engenheiro naval Richard James buscava encontrar uma mola de tensão para usar em navios.

Até que um dia a mola caiu de uma prateleira. James notou que ao invés de bater no chão, ela se movimentou. Foi a esposa do engenheiro, Betty, que considerou a invenção um potencial novo brinquedo. Anos mais tarde, chegaria ao mercado um novo passatempo para as crianças, que já foi também utilizado como antena e até instrumento de terapia.
Viagra
Novamente no campo da medicina, você sabia que o primeiro tratamento para disfunção erétil surgiu durante uma tentativa de encontrar um medicamento para o coração? O sildenafil (mais conhecido pelo nome comercial Viagra) começou a ser pesquisado nos anos 1990 para tratamento de angina, sensação de dor no peito causada quando há diminuição do fluxo de sangue no coração.

Durante um estudo com voluntários para avaliar a eficácia do suposto novo medicamento, homens que participaram da pesquisa notaram que ele contribuía para a ereção. O que acontece é que o sildenafil promove um maior fluxo de sangue para o corpo e, no pênis, esse efeito ajuda na ereção. Conclusão: a disfunção erétil, que até então não contava com nenhum medicamento para tratá-la, ganhou o seu primeiro aliado.
Tema para sala de aula
Esses são só alguns exemplos de erros que resultaram em grandes invenções. Vale levar esses acontecimentos para a sala de aula, para mostrar que errar faz parte do processo de aprendizagem e ainda pode levar a novas descobertas. É por isso que no Mentalidades Matemáticas defendemos um novo olhar para o erro – alunos sem receio de errar aprendem mais e melhor, pode acreditar!