Educação equitativa: exemplos para você se inspirar
Atualizado em: 22/12/2023
Em 2015, representantes do Brasil e outros líderes globais se reuniram nos Estados Unidos se comprometendo a colocar em prática a Agenda 2030 da ONU. O documento reúne uma série de objetivos e metas em prol do desenvolvimento sustentável e, evidentemente, a educação se destaca entre eles. Mais especificamente no objetivo de número 4 consta o compromisso de “assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todas e todos”.
Por dentro do assunto
Quando falamos em equidade, o ponto central é o reconhecimento das características e necessidades individuais de cada pessoa. Segundo os dicionários, trata-se de uma disposição para reconhecer imparcialmente o direito de cada um.
Na educação, sempre ouvimos sobre a importância de respeitar o ritmo de aprendizado de cada aluno. Contudo, na prática, nem sempre essa tarefa é simples: enquanto cada aluno tem uma necessidade específica, o professor deve lançar mão das mesmas provas e exames para avaliar os conhecimentos de uma maneira geral. Fora o tempo das aulas, que por vezes limita um atendimento mais personalizado.
O ensino remoto por conta da pandemia também aumentou essa conta: nem todos os alunos têm acesso à internet em casa, o que dificulta a garantia do aprendizado do conteúdo proposto.
Como então driblar essas questões e assegurar, enfim, a educação equitativa, inclusiva e de qualidade proposta pela ONU? Bom, a resposta não é uma fórmula de bolo – a verdade é que cada escola precisa se adequar à sua própria realidade. Mas, nesse desafio, é sempre válido ouvir relatos de quem já trilhou esse caminho em prol de mais pluralidade no ensino. Vamos conhecer alguns deles?
3 Ted Talks que abordam o valor da educação equitativa
A relação entre educação e equidade
Cláudia Costin é fundadora e diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV CEIPE). Neste vídeo, ela fala mais sobre a equidade na educação e como isso contribui com a construção de uma sociedade melhor. Ela também cita exemplos nacionais de escolas em áreas de vulnerabilidade que se destacaram após apostar em políticas equitativas. “Construindo equidade, altas expectativas de aprendizagem para todos, nós com certeza teremos um desenvolvimento muito mais inclusivo, muito mais justo e um país menos desigual”, ressalta a professora.
Educação e diversidade
“A escola é a maior potência de formação e transformação social”, destaca a pedagoga Mariana Benchimol. Ela fundou em Paraty (RJ) a Escola Comunitária Cirandas, que reúne estudantes de diversas classes sociais. “Quando a gente resolve trazer para uma mesma escola famílias com diferentes realidades socioeconômicas, a gente literalmente tira a peneira da frente do sol”, coloca. “A gente traz o conflito para a escola. As diferenças culturais aparecem e se tornam uma ótima oportunidade para nós trabalharmos a empatia.”
Quanto maior a interação, maior será a aprendizagem
Diretora do Instituto Sidarta, Claudia Siqueira destaca em seu Ted Talk a importância do trabalho em grupo nas escolas. Valorizando a diversidade, a atividade é uma proposta de colaboração e troca de saberes. “Nós precisamos fazer e ter um desejo genuíno de acolher o outro”, aponta. “Precisamos acreditar que todos são capazes de aprender. Precisamos deixar que os alunos conversem, argumentem, criem hipóteses e que percebam que não existe um único caminho.”
O Mentalidades Matemáticas valoriza a educação equitativa em seu programa. Clique aqui e veja como a abordagem trabalha nesse aspecto. Para mais ideias, também separamos uma lista de livros que mostram como aplicar a pluralidade a favor da aprendizagem. E se as suas aulas ainda estão acontecendo de maneira remota, professores deram dicas de como acessar os alunos a distância no nosso último webinar (assista). Vamos juntos apoiar a educação em prol do desenvolvimento sustentável?
