Flexibilidade numérica é tema de webinar do Instituto Sidarta
Formadores do programa Mentalidades Matemáticas contarão suas experiências em sala de aula
Por gerações, o ensino de matemática se resumiu à repetição e memorização de cálculos, tabuadas e fórmulas. O raciocínio lógico era coadjuvante. Mas imagine uma aula em que os alunos são participativos, arriscam, pensam suas próprias estratégias e aprimoram o senso numérico, a capacidade de interagir e interpretar os números. Um lugar que incentiva a criatividade e a autonomia. Como aplicar esse tipo de atividade? E como adaptar isso à realidade dos professores, na sua sala de aula? Este é o tema do webinar “Flexibilidade Numérica: como desenvolver?”, que acontecerá no dia 10 de setembro, quinta-feira, às 17h, na página do Facebook do Mentalidades Matemáticas.
O evento integra a série de webinários “Multiplicando Saberes”, promovida pelo Instituto Sidarta em parceria com o Itaú Social, e com apoio do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA). Apresentado por Jack Dieckmann, diretor do Centro de Pesquisas Youcubed da Universidade Stanford (EUA), o encontro contará com a participação de Maitê Salinas e Carolina Piaia, formadoras do Programa Mentalidades Matemáticas.
Um dos temas será a estratégia de aplicação da atividade “Conversas Numéricas” em sala de aula. “Daremos maior ênfase na discussão sobre flexibilidade numérica e como ajudar as crianças a sentirem-se mais confortáveis com a matemática. Contarei algumas experiências e como nos tornarmos professores mediadores mais eficientes a partir da elaboração de perguntas que levem os alunos à reflexões mais profundas”, conta Carol Piaia.
Desenvolvida pelas educadoras Ruth Parker e Cathy Humphreys, a atividade desafia os alunos a fazer cálculos mentalmente. Em vez de buscar apenas o resultado correto, a professora escreve na lousa, com números, cores e formas, as estratégias dos estudantes. Juntos, investigam cada hipótese e optam pela solução. É uma atividade que desperta grande engajamento, que estimula as crianças a se posicionar e a explicar suas ideias.
“É uma maneira de aprender senso numérico, incentivar os estudantes a quebrar os números, decompô-los e reagrupá-los. É base fundamental para desenvolver o aprendizado em matemática, ajuda no pensamento algébrico e suas propriedades associativas e distributivas”, afirma Jo Boaler, professora da Universidade Stanford (EUA) no artigo Fluência sem medo.
Você tem acompanhado a série Multiplicando Saberes? O primeiro webinar “Curso de Férias Mentalidades Matemáticas: experiência em escola pública” foi uma visão geral dos 10 dias do curso. O segundo, “Curso de Férias Mentalidades Matemáticas: resultados e evidências” apresentou dados sobre a avaliação dos estudantes. Estes e outros encontros virtuais podem ser vistos em nosso canal no Youtube. Agora, vamos aprofundar o debate sobre práticas de sala de aula. Não perca, dia 10 de setembro, quinta-feira, às 17 horas, na nossa página no Facebook!