Mentalidade fixa x mentalidade de crescimento: como evitar crenças limitantes

Atualizado em: 22/12/2023

As opiniões que temos sobre nós mesmos podem ser determinantes para o nosso desempenho

Sabe aquela história de que acreditar em si mesmo é muito importante para o sucesso? Bom, embora possa soar apenas mais um clichê motivador, pesquisas baseadas na neurociência comprovam o argumento. Quem tem feito essas comprovações é a psicóloga Carol Dweck. Há anos ela se debruça em pesquisas científicas para entender a relação entre as opiniões que temos sobre nosso próprio potencial e o nosso desempenho em si. A célebre pesquisadora publicou livros sobre mentalidades que revolucionaram a vida de muitas pessoas e as encorajaram a encarar a aprendizagem de maneira diferente.

Durante muitos anos, Carol e sua equipe de pesquisa haviam coletado dados que sustentavam uma descoberta clara: todas as pessoas uma mentalidade, uma crença essencial sobre seu modo de aprender. As pessoas com mentalidade de crescimento acreditam que a inteligência aumenta com trabalho árduo, ao passo que aquelas com mentalidade fixa acreditam que podem aprender novos conceitos, mas que não podem mudar seu nível básico de inteligência. 

O problema da mentalidade fixa

Por acreditar que já nascemos com determinadas habilidades e que nada pode mudar isso, quem conserva uma mentalidade fixa acaba mais propenso a desistir. E pior: também tem uma maior inclinação à frustração, por não se sentir capaz. 

Fazendo um recorte para a matemática, é o caso de quem emite opiniões como “sou muito ruim com os números”, “a matemática não é para mim”. Embora para quem ouça, essas frases possam parecer soar da boca pra fora, quem lança essas convicções pode acabar prejudicado. Estudos já demonstraram que a mentalidade fixa gera menos conexões cerebrais, e a consequência é a limitação. Para concluir o exemplo, se ao precisar resolver um cálculo matemático você já começa pensando que é “ruim” naquilo, as chances de não conseguir fazer a conta aumentam. Mas o problema não está na sua capacidade. O que pode acontecer é uma tendência maior a desistir antes de se chegar à resposta.

É por isso que o estímulo deve ser para a mentalidade de crescimento. Quando acreditamos que sempre podemos aprender algo novo, o resultado é ter mais persistência e conquistar melhores resultados. 

Voltando ao exemplo, em uma mentalidade de crescimento não tem problema repetir o cálculo duas, três, dez vezes. A perseverança é que faz chegar à solução. E se não chegar? O cérebro irá reagir mais positivamente. Por esses motivos, pessoas com essa mentalidade também fazem mais conexões cerebrais – sim, é cientificamente comprovado que os erros nos levam a aprender.

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Como desenvolver uma mentalidade de crescimento

O primeiro passo para conquistar uma mentalidade de crescimento é abandonar as crenças limitantes. Deixe de lado pensamentos como “eu sou muito ruim nisso” ou “acho que não consigo fazer isso” antes ao menos de tentar. 

Mais uma medida que pode ajudar é aderir ao “ainda” – “eu ainda não consegui”. Isso conserva a ideia de caminhada, construção, essencial ao desempenho. E, mais do que os acertos, a recompensa pelo esforço, estratégia e progresso deve ser enfatizada. Você vai ver: a tendência será mais perseverança e a comprovação de que, para o aprendizado, não há limites.

O Mentalidades Matemáticas e o Youcubed buscam desenvolver a mentalidade de crescimento entre os alunos. Para ver como isso é feito e dicas para aplicar a abordagem na sala de aula, clique aqui.