Papel diamante: conheça o recurso que ajuda os alunos a aprenderem matemática de forma visual
Atividades com esse recurso mostram que a disciplina vai muito além dos números
A matemática é uma ciência exata, mas quem foi que disse que só podemos chegar num resultado utilizando números? Para ilustrar as diversas possibilidades que a disciplina oferece, os professores podem trabalhar na sala de aula com o chamado papel diamante. Trata-se de um tipo de recurso da abordagem Mentalidades Matemáticas que coloca em prática os conceitos de Jo Boaler de fazer da matemática uma disciplina aberta, criativa e visual. Afinal, segundo a professora, é a partir desses pilares que os alunos podem aprender mais e melhor.
Desenvolvido por Cathy Williams, cofundadora e diretora do Youcubed, o papel diamante é uma forma diferente de sugerir aos alunos a resolução de um problema matemático, e a ideia é oferecer diversas possibilidades de respostas. A seguir, entenda mais sobre ele e como aplicá-lo na sala de aula.
Papel diamante
Como usar
Marque uma folha como o exemplo acima, com quatro quadrantes e um losango no meio. A questão a ser resolvida irá no losango e o professor deve pedir aos alunos para que preencham os quadrantes com possíveis caminhos para solucionar o problema.
Por exemplo, um quadrante pode ser preenchido outras informações que possam envolver aquele problema, como a história dele. E não é preciso se ater aos números: pode-se utilizar recursos visuais nos quadrantes, como desenhos, ou até uma narrativa. Por meio do uso de diversas linguagens, o objetivo é que os alunos conectem diferentes áreas do cérebro ao resolver a questão.
O nome
Quando Cathy Williams sugeriu o uso desse recurso aos seus alunos, eles o apelidaram de diamante, pois a disposição do losango cercado pelos quadrantes na folha parece a famosa pedra preciosa.
Por que o recurso é útil
O fato de diferentes áreas do cérebro serem utilizadas ao colocar em prática a resolução de um problema matemático por meio do papel diamante faz com que os alunos fiquem mais engajados. “Eles amam desenhar imagens, amam escrever histórias, e isso causa essas conexões cerebrais fantásticas”, destacou Jo Boaler quando apresentou o recurso durante o seminário de Mentalidades Matemáticas realizado no Brasil em 2018.
Clique aqui para baixar o Papel Diamante.