Professoras viram o jogo na aprendizagem de matemática

14 de junho de 2021

Atualizado em: 22/12/2023

Quem aplica Mentalidades Matemáticas (MM) em sala de aula sabe que se trata de uma inovação. Sem decorebas e exercícios repetitivos, a ideia é ensinar a disciplina de uma maneira mais aberta, criativa e visual. Mas antes de oferecer essas ferramentas diferenciadas aos alunos, os professores também precisam encontrá-las em sua própria formação. E foi para falar sobre esse processo que educadoras que atuam com MM participaram de uma conversa com o Porvir, principal plataforma brasileira de conteúdos e mobilização sobre inovações educacionais.

Sob mediação da editora do Clube Porvir, Marina Lopes, o encontro contou com a participação da diretora do Instituto Sidarta, Claudia Siqueira, e das professoras de matemática Patricia Barreto e Liliana Costa. As educadoras também são articuladoras das células da Rede MM em seus estados – Bahia e Rio de Janeiro, respectivamente – e aplicam a abordagem de ensino na rede pública e privada.

Formação continuada

Para além da faculdade, os professores devem continuar sua formação ao longo da carreira. “Pesquisar processos de aprendizagem requer um refinamento e uma curiosidade muito genuína dessa docência, e nem sempre a graduação nos traz essa experimentação de cultivar a curiosidade de como o outro aprende e como eu aprendo”, colocou Claudia, descrevendo que o trabalho com as células de MM se trata de uma mobilização e de um exercício coletivo.

Criadas com o intuito de convidar outros professores a levarem a abordagem de MM para suas salas de aula, as células oferecem trocas de experiências e apoio. O programa, que foi desenvolvido na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e trazido para o Brasil pelo Instituto Sidarta, tem no instituto mais uma célula – não como líder das demais, mas fazendo parte delas. “As situações celulares têm autonomia mas também têm interdependência”, destacou Claudia.

Virando a página

A apresentadora Marina Lopes também perguntou para as professoras como é a experiência de trazer MM para a sala de aula. Apesar de ser uma abordagem com resultados comprovados, Liliana revelou que nem sempre é fácil trabalhar com ela, pois há uma resistência dos pais e dos próprios alunos sobre o trabalho com um ensino diferente do tradicional.

“Nós temos um ensino muito tradicional, a matemática é vista como um conjunto de ‘truques’”, colocou a educadora, exemplificando concepções comuns como a de que saber matemática é conseguir fazer contas rapidamente ou que apenas os acertos importam. Em MM, contudo, a ideia é ensinar o aluno a pensar e até mesmo a encontrar respostas diferentes para o mesmo problema – e isso não tem nada a ver com velocidade. O erro, por sua vez, é encarado pela abordagem como algo que faz parte do processo de aprendizado. Pesquisas de neurociência mostram, inclusive, que aprendemos mais quando erramos.

Contudo, “com um dia de cada vez”, como disse Liliana, as mudanças e os resultados vão aparecendo. “Os próprios alunos pensam que não estão aprendendo o mesmo que os colegas, até que eles descobrem que não, que estão aprendendo mais, outras coisas”, concluiu a professora.

Nesse quesito das dificuldades, Patricia também destacou no encontro do Porvir a importância das células da Rede MM. “Como professor é muito difícil, às vezes, encarar todos os desafios de uma sala de aula. Mas eu chegava no grupo e dizia ‘gente, hoje foi difícil’ e desabafava, e eu sentia que eu estava sendo apoiada naquele momento. E a gente estudava junto, discutia, as pessoas trocam ideias, e ideias com propósito”, relatou. Segundo ela, esse processo melhorou, inclusive, sua autoestima como professora. “Antes eu era ansiosa, hoje eu sou segura.”

Desconstruir para construir

Professor, quer aplicar Mentalidades Matemáticas na sua escola também? Para saber mais sobre a abordagem na prática, não deixe de assistir o webinar completo. O conteúdo está disponível no canal da Porvir no Youtube, e você pode acessar aqui. Neste link você também encontra mais informações para fazer parte de uma célula da Rede MM e ter acesso a toda essa riqueza de trocas. Juntos podemos transformar o ensino da matemática!


Mentalidades Matemáticas

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