Conheça 4 mitos que podem afastar as pessoas da matemática

Atualizado em: 22/12/2023

Ainda que não sejam verdadeiros, os mitos sobre matemática se espalharam ao longo do tempo e podem levar muitas pessoas a acreditarem neles. E não pense que tais mitos são surgiram recentemente, tampouco que se restringem aos aplicativos de mensagem. As próprias salas de aula, embora sejam um dos principais locais para combater os mitos, também estão cheios deles. Você já ouviu aquelas histórias “matemática não é pra todo mundo”, “fulano é de humanas, não sabe fazer contas”? Taí exemplos práticos de mitos que ainda ecoam na educação. 

O primeiro passo para combatê-los é conhecer a verdade com o auxílio de comprovações científicas. Para ajudar nessa tarefa, listamos a seguir os mitos mais comuns sobre matemática. Confira:

Matemática não é ser rápido

Sabia que matemáticos premiados nem sempre fazem seus cálculos rapidamente? “Na verdade eles pensam com lentidão e muita profundidade”, revelou Jo Boaler em seu seminário no Brasil. O Medalha Fields Laurent Schwartz, por exemplo, dizia que não se achava inteligente pelo fato de ser lento. Foi só no ensino médio que chegou à conclusão de que “a rapidez não tem uma relação precisa com a inteligência. O importante é entender profundamente as coisas e as relações entre elas”, como escreveu em sua autobiografia. Em sala de aula, vale evitar grandes volumes de atividades para um curto espaço de tempo. A pressão exercida sobre os alunos costuma gerar ansiedade, o que atrapalha o trabalho do cérebro em funções importantes como a memorização.

Não tem problema errar

Estudos revelam que os melhores momentos para o cérebro é quando você erra. Isso porque os erros disparam sinapses no órgão, que o levam a se fortalecer. Esse fenômeno já não acontece quando acertamos. Então acredite: o velho clichê motivador de que aprendemos com os erros tem o seu fundo de verdade!

Não existe pessoa boa ou ruim na disciplina

Rótulos limitam. Estudos de neurociência sobre plasticidade cerebral comprovam que a ideia que temos sobre nós mesmos e nossa capacidade influencia significativamente no nosso desempenho. Jo Boaler aborda esse tema em seu livro “Mente sem barreiras”, onde frisa que inteligência se desenvolve com esforço. Em Mentalidades Matemáticas, destaca-se a diferença entre mentalidade de crescimento e mentalidade fixa. Enquanto a primeira segue a linha defendida por Jo, de que é possível aperfeiçoar a inteligência, no modo fixo a crença é que a inteligência não muda. É fundamental focar na mentalidade de crescimento, e o primeiro passo para isso é banir os rótulos.

Não é a repetição que faz alguém aprender

Folhas de exercícios que repetem exaustivamente o mesmo tipo de atividade, embora sejam comuns em sala de aula, não são as melhores opções em termos de aprendizado. Por mais que o ato de praticar seja importante, estimular os alunos a ver uma mesma ideia de maneiras diferentes pode ser mais eficiente do que repeti-la.