Matemática e trabalho em grupo: grandes exemplos de colaboração

27 de janeiro de 2021

Atualizado em: 22/12/2023

“Ao se conectar com as ideias de outra pessoa, você aperfeiçoa seu cérebro, sua compreensão e sua perspectiva.” Assim a educadora Jo Boaler destaca o poder da colaboração em seu livro Mente Sem Barreiras. O incentivo à cultura colaborativa é bastante trabalhado em Mentalidades Matemáticas, abordagem de ensino criada por Jo, por meio do trabalho em grupo. Razões para convidar os alunos a atuarem em conjunto não faltam, e, para elencá-las, reunimos alguns exemplos de colaboração bem sucedidos. Confira e inspire-se!

Exemplos de colaboração

Os relatos a seguir foram citados por Jo Boaler em “Mente Sem Barreiras”:

Melhores resultados

A abordagem colaborativa do matemático Uri Treisman na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, deu tão certo que já foi aplicada em mais de 200 instituições de ensino superior. Seu método é simples e assertivo: criar oficinas para que os alunos atuem em conjunto. A ideia veio quando ele notou que 60% dos alunos afro-americanos reprovavam em cálculo, enquanto todos os chineses eram aprovados na disciplina. Ao explorar as possíveis razões para essa diferença, Uri notou que os afro-americanos costumavam trabalhar individualmente, enquanto o segundo grupo pensava sobre os problemas em conjunto, em seus dormitórios ou no refeitório da universidade. Depois de aplicar as oficinas, em dois anos, a taxa de reprovação dos afro-americanos caiu para zero. 

“Parte da razão pela qual os alunos desistem de aprender é porque acham difícil e pensam que estão sozinhos nesse esforço. Uma mudança importante acontece quando os alunos trabalham juntos e descobrem que todo mundo tem dificuldade em algum ou em todos os trabalhos”, observa Jo Boaler.

Grupos diversos

Também se destacam entre exemplos de colaboração escolas ricas em diversidade. Uma avaliação realizada pelo PISA focada na resolução colaborativa de problemas mostrou que em alguns países alunos “não imigrantes” que estudavam em escolas com um número maior de “imigrantes” alcançaram níveis mais altos. 

Exemplos de colaboração entre famosos

A psicóloga Meg Jay apontou em um artigo que personalidades da atualidade como Oprah Winfrey, Howard Schultz e LeBron James são exemplos de pessoas bem sucedidas e que cresceram em condições de dificuldade. Para explicar a superação, a especialista destaca aspectos como a autoconfiança, a resiliência e também a conexão com outras pessoas. Em momentos de dificuldade, elas contaram com alguém, o que ajudou no desenvolvimento da sua própria força.

Senso de comunidade

A sala de aula não é apenas um espaço para aprender conceitos de disciplinas. É nela, também, que formam-se cidadãos. Uma turma de alunos é uma comunidade, o que implica que uns devem cuidar dos outros. O trabalho em grupo desenvolve o respeito pelas diferentes formas de pensar e a responsabilidade em colaborar com os colegas, para que todos aprendam. 

Explicação científica

Neurocientistas já sabem explicar por que a colaboração é tão importante. Segundo pesquisas, o que ocorre quando as pessoas colaboram é a ativação do chamado cérebro social, que corresponde ao córtex orbitofrontal medial e à rede frontoparietal. Para entender o valor dessas áreas, a rede frontoparietal, por exemplo, auxilia no desenvolvimento das funções executivas, que são aquelas ligadas à atividades como de atenção, memória e controle. Na prática, o que acontece é que durante um ato colaborativo nossos cérebros se encarregam de dar sentido ao pensamento e à aprendizagem do outro para interagir, daí o trabalho “social”.

Na prática

Todos esses exemplos de colaboração reforçam a importância do trabalho em grupo, porém, professores sabem que nem sempre se trata de uma prática fácil em sala de aula. Para tornar as interações entre os alunos mais produtivas, Jo Boaler recomenda, por exemplo, que os professores destaquem o valor de diferentes formas de pensar e orientem os alunos a iniciarem as atividades em grupo solicitando ideias e compartilhando perspectivas sobre o problema analisado.


Mentalidades Matemáticas

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